Atuação do Psicólogo no Transplante de Órgãos Pós-morte
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v10i2.1786Palavras-chave:
Doação de órgãos, Transplante Pós-morte, Atuação do PsicólogoResumo
O presente artigo de revisão da literatura especializada tem como objetivo principal discutir acerca das possíveis contribuições do psicólogo em situações de doação de órgãos para transplante de um doador falecido. Aborda o trabalho que o psicólogo pode desenvolver junto à família do doador e, paralelamente, o manejo da equipe multidisciplinar que atua nesses casos. Destaca a importância do trabalho do psicólogo para a equipe de saúde multiprofissional no acolhimento, na escuta e no auxílio prestado aos familiares enlutados, dando suporte para o processo de doação de órgãos. O transplante é um procedimento cirúrgico em que se substitui um órgão ou tecido danificado de um receptor, no todo ou em parte, por outro órgão ou tecido normal de um doador, esteja este vivo ou morto. O doador vivo pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação e apresente compatibilidade com o receptor, desde que o procedimento não venha a prejudicar a sua própria saúde. No caso do doador falecido, este pode ser um paciente em quem foi comprovada a morte encefálica, e a doação vai depender da autorização pelos seus familiares.
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