O prazer no Matrimônio? Estrutura das representações sociais de jovens católicos sobre sexualidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21727/rpu.v13i2.3439

Resumo

Introdução: os discursos e doutrinas da Igreja Católica têm sido responsável por conformar representações e significados sobre diversos temas, como a sexualidade, em diversas sociedades (a exemplo do Brasil) e, assim, influenciar/controlar comportamentos, para preservação de seus valores morais. A Teoria das Representações Sociais (TRS) é fundamental para a análise do conhecimento do senso comum, ao considerar as dimensões simbólicas de um objeto construído histórico e socialmente. Destarte, objetivou-se analisar a estrutura das representações sociais de jovens católicos sobre sexualidade. Materiais e métodos: estudo qualitativo, fundamentado na abordagem Estrutural da TRS. Desenvolvido online, no Facebook, entre fevereiro e março de 2015, com 84 jovens católicos praticantes, de ambos os sexos, entre 18 a 24 anos, provenientes das cinco regiões do Brasil, em uma amostra por conveniência. Adotou-se o roteiro para Associação Livre de Palavras, para coleta de dados. As evocações foram processadas no software EVOC, que realizou a análise prototípica, originando o quadro de quatro casas. Resultados: O quadro de quatro casas revelou que as representações dos jovens católicos estão estruturadas nos elementos prazer, sexo, casamento (núcleo central) e amor (primeira periferia). Assim, o grupo demonstra conhecer o prazer, algo intrínseco ao conceito da sexualidade. Conclusões: as Representações Sociais do grupo aqui estudado tem sua estrutura na ideia da sexualidade (prazer) experienciada no matrimônio, o que se coaduna, em parte, com as orientações da doutrina católica para a prática do sexo, mas foge a noção tradicional da finalidade do sexo para a procriação.

Palavras-Chave: Representações Sociais; Religião e Sexo; Sexualidade; Saúde Sexual; Espiritualidade.

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Biografia do Autor

Pablo Luiz Santos Couto, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Enfermeiro. Doutorando em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde da UESB. Professor substituto na Universidade do Estado da Bahia (UNEB – Campus XII), BA, Brasil.

Mirian Santos Paiva, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Professora Plena aposentada da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Doutora em Enfermagem (USP), Salvador, Bahia, Brasil.

Antônio Marcos Tosoli Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Docente no Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Doutorado em Enfermagem (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Tarcisio da Silva Flores, Centro Universitário FG (UNIFG)

Especialista em Direito Previdenciário e Trabalhista, Pesquisador na Linha de Pesquisa Gênero, Direitos Humanos e Populações Vulneráveis, Guanambi, Bahia, Brasil.

Samantha Souza da Costa Pereira, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)

Doutoranda em Ciências da Saúde (UNIMONTES), Mestra em Saúde Coletiva (UEFS), Guanambi, Bahia, Brasil.

Luiz Carlos Moraes França, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Discente do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Doutorando em Enfermagem (UERJ), Mestrado em Enfermagem (UERJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Alba Benemérita Alves Vilela, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Docente no Programa de Pós Graduação em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Doutorado em Enfermagem (UFCE), Jequié, Bahia, Brasil.

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Publicado

2022-12-22

Edição

Seção

Espiritualidade e Saúde