Histórias apagadas: mortalidade prematura por uso de substâncias psicoativas no estado de São Paulo de 2014 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.21727/rpu.v15i1.3900Resumo
Introdução: dentre os transtornos mentais, aqueles relacionados ao uso de substâncias, somando um custo de 35 bilhões de dólares mundialmente, sendo um grave problema de saúde publica, por estar relacionado à mortalidade prematura. Objetivo: traçar o perfil sociodemográfico e analisar o impacto dos óbitos prematuros ocorridos no estado de São Paulo em decorrência dos transtornos relacionados ao uso de substâncias. Método: Estudo ecológico considerando óbitos por uso de substâncias psicoativas entre indivíduos de 15 a 75 anos de idade (CID- F10 a F19) entre 2014 a 2018. Foram calculados valores brutos e taxas de óbitos/APVP por ano do óbito, sexo, cor/raça, escolaridade, estado civil e faixa etária. Realizou-se o teste Qui-Quadrado para estabelecer comparação. Resultados e discussão: nas faixas etárias de 15 a 74 anos o número de mortes foi de 4.533 óbitos, contabilizando uma taxa de mortalidade de 10,29 por 100.000 habitantes. O perfil da mortalidade foi de maior taxa de APVP em brancos (58.494 APVP), do sexo masculino (91.624 APVP), solteiros (5.626 APVP), com escolaridade entre 4 a 7 anos (31.990 APVP) e com faixa etária de 40 a 49 anos com (33.420 APVP). Considerações finais: teve-se por uso de substâncias 103.064 APVP no estado de São Paulo. E o perfil sociodemográfico encontrado foi de maior APVP em pessoas do sexo masculino, brancos, com baixa escolaridade e não casados. Embora, no período analisado tenha havido um decréscimo da mortalidade prematura, esta mortalidade ainda possui grande impacto, representado pelo valor social que a perda de uma vida tem.
Palavras-Chave: Abuso Oral de Substâncias; Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Mortalidade Prematura; Determinantes Sociais da Saúde.
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