O enfermeiro no itinerário terapêutico de adolescentes e crianças indígenas na Amazônia na Pandemia por Covid-19

Relato de Experiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21727/rpu.v15i2.4651

Resumo

Introdução: o estudo objetivou relatar a experiência de uma enfermeira no itinerário terapêutico de atendimento direcionado ao fluxo de atendimento às crianças e adolescentes indígenas em isolamento respiratório (COVID-19) no hospital pediátrico de referência no município de Macapá/AP à luz da Teoria Transcultural de Leninger (TTL). Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, na modalidade de relato de experiência, proveniente da vivência de uma enfermeira que atua na liderança de uma equipe de enfermagem do hospital de referência pediátrico há 19 anos, em que narra essa vivência com crianças e adolescentes indígenas. Resultados: Destacam-se três aspectos que subsidiaram os cuidados de enfermagem congruentes culturalmente apresentados nesse relato: (1) permanência no isolamento respiratório, (2) utilização das máscaras cirúrgicas, (3) apoio ao familiar da criança e do adolescente indígena hospitalizado. Discussão: as decisões do cuidado devem ser realizadas em conjunto com o paciente, com base no seu sistema popular. O plano de cuidados deve ser feito respeitando o modo de vida, crenças e valores. Utilizar a TTL como apoio da assistência do cuidar viabiliza a afinidade e aproximação com o paciente, permitindo conhecer sua visão de mundo e valores. Desse modo, conseguimos notar a maneira de cuidar-se de cada um, o que Leininger nos traz como diversidade cultural do cuidado. Considerações Finais: Esse trabalho oportunizou conhecer as adaptações culturais que a criança, adolescente e a família indígena tiveram que vivenciar durante a hospitalização no período pandêmico, onde o olhar culturalmente sensível teve impactos positivos em outros aspectos como a perpetuação das medidas preventivas da COVID-19 e interrupção do ciclo de transmissão do vírus - e, consequentemente, de casos novos - além da diminuição dos conflitos entre os profissionais da saúde e pacientes e familiares.

Palavras-Chave: Enfermagem; Saúde da População Indígena; COVID-19.

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Biografia do Autor

Dirley Cardoso Moreira, Universidade Federal Fluminense (UFF)/PACCS

Enfermeira. Programa de Doutorado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde-PACCS. Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil. 

Claudia Mara de Melo Tavares, Universidade Federal Fluminense (UFF)/PACCS

Doutora, Docente do Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde-PACCS. Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil. 

Marilei de Melo Tavares, Universidade Federal Fluminense-MPES / Universidade de Vassouras

Doutora, Docente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no Mestrado Profissional em Ensino na Saúde – MPES/UFF, Niterói, RJ, Brasil. 

Thiago Nogueira Silva, Universidade Federal Fluminense (UFF)/PACCS

Enfermeiro. Programa de Doutorado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde-PACCS. Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil. 

Jose Luiz Picanço da Silva, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Enfermeiro. Docente da Universidade Federal do Amapá. Macapá. Brasil. 

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Publicado

2024-07-11