2025: Temas Transversais em Educação: possibilidades de diálogos
Imagine que seu cérebro funciona como um quadro de energia, cheio de interruptores, um para cada área do conhecimento. Ao acordar você aciona a chave da Biologia para mobilizar saberes sobre o corpo humano a fm de suprir suas necessidades fsiológicas e cuidar da higiene pessoal. Ao preparar seu desjejum, desliga essa chave e aciona a da Física para aquecer a água e passar um café fresquinho. Sai de casa correndo, atrasado, pois esqueceu de ativar a chave Lógico-Matemá-tica para calcular as horas e o tempo gasto se arrumando em relação ao horário do ônibus. Já no ponto, corre para trocar o interruptor e acionar a chave dos conhecimentos de Língua Portuguesa para ler o letreiro e pegar a condução correta no dia de hoje. Ao chegar na escola em que trabalha, se lembra que hoje é dia de atividade extramuros e sua turma irá ao museu do Folclore. Você entra em colapso! Não sabe qual chave acionar: História? Geografa? Artes? Educação Física? Biologia? Língua Portuguesa? Como separar esses conhecimentos na vida real?
Felizmente, nosso cérebro não funciona fatiando conhecimentos, aprendendo e acionando saberes de um em um. Se assim fosse, eles nem seriam bem compreendidos, nem fariam sentido na vida em sociedade. Não usamos uma área do saber por vez, nem devemos tentar fazê-lo. Pelo contrário, a vida real é plural e complexa, produzida no 16 encontro de diferentes saberes e áreas do conhecimento.